quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Reservatório de Idéias

- Me parece que nada mudou entre nós. Tuas ancas, teu perfume, teus cabelos lisos, nada mudou...
- mas você me conheceu quando íamos ao baile.
- sim, e nada mudou. Mesmo com toda sua performance artística em talhar tua face com os mais finos cremes, nada mudou, tudo igual. Mesma sensação vazia, agustiando-me em ânsias de enxofre.
- Bem, é o que dá ficar tanto tempo sem escrever.

E fecha-se a porta e lê-se: RESERVATÓRIO DE IDÉIAS DE RICARDO CELESTINO





Sinos tocam enquanto três garotos caminham e se tocam, uns querendo ser mais viris que o outro. Aí, Renato Alves decidiu acabar de vez com toda a zorra e projetou-se atrás de um dos amigos.
O urro comoveu o altar que estava em missa, e os três padres tiveram que rezar orações que limpariam teus pecados.
Resta saber se os pecados cometidos são solucionáveis com poemas, ou se continuam sendo blasfêmeas.




A carne...
A carne é aquela que te vive,
Mas que te mata
Ao ponto certo.

Coma para não ser comido,
Somos tendenciosamente
Sadossociais


*sadossociais: referente ao ato de derrubarmos um de nossa própria espécie para nos concretizarmos. Capitalismo. O fracasso de outras pessoas é nossa ascenção.



RICARDO CELESTINO

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

...

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Um BBB cinematográfico

Pois bem...

depois de um tempo na berlinda e descobrindo os olhos gordos sem criatividade que nos rondam pelo mundo a fora, estou de volta trazendo trechos de minhas composições. Embora seja uma grande besteira eu ficar nessas de privar o que escrevo, vou preferir guardar no meu baú minhas produções a mostrá-las para qualqueres e correr riscos de distorções malucas.

Claro, no momento certo elas serão soltas e farão o insucesso que merecem...

Enfim, o mundo é um grande plágio, não?!

agora sim, nosso BBB cinematográfico com um poema de introdução e uma idéia para uma filmagem.

Com o apoio e toda a criatividade de Erick Martorelli, pq agora é assim: ele tem uma idéia e nós dois nos matamos para tentar desenvolvê-la...


Proposta:

Aparece um homem de terno e gravata sentado num sofá assistindo televisão. Em cima da televisão, uma câmera. A imagem que passa na TV é a sua imagem, como num confessionário.
(nome do rapaz) – eu queria achar um jeito de desistir de tudo... de desligar as câmeras e voltar pra casa. Mas, sei lá... acho que muita gente vai acabar se chateando, né?!
O show começou há muito tempo. Talvez nunca ninguém consiga viver fora do espetáculo. Aliás, é muito difícil você conseguir viver sem se apresentar. Porque, reflitamos, o que é a vida? A vida é um show... a vida é um show dinâmico, e o público também atua, também interage e também decide o destino da história. E o teatro da vida tem uma perspectiva interessante: há tantos personagens principais quanto secundários e coadjuvantes. Depende muito de onde se observa a história. Bem, meu nome é Bruno Ribeiro e o que irei apresentar a vocês é a minha vida com cortes e edições.

- Ricardo Celestino
(por favor não me plageiem)

Existem várias formas de se ver o dia,
E eu vejo o dia pela janela da cozinha,
E alguns o vêem diretamente da sala de estar,
Mas ninguém jamais conseguirá
Presenciar o dia a dia no teu lugar.

Vamos todos,
Todos juntos,
Ter milhares de vidas a observar.
Vamos todos,
Todos juntos,
Cantar o que nos incomoda e mais ninguém.

- Ricardo Celestino
(se quiser, pode plagiar o segundo verso... eu deixo)